1 de ago. de 2007

Celebração à engenharia elétrica e termodinâmica das paixões



Oh, L'amour!

Não queria machucar-te,
queria dar-te um beijo e um mar sem sal.
Uma pitada de sal, numa salada verde e então
me enganar de vez com você.

Fernando Paiva, jornalista, guitarrista, escritor, compositor e vários et cetera - "Mar sem sal", luisa mandou um beijo.

***

Existe uma colagem em trabalho de parto desde junho, mas logo vem à luz. Enquanto isso, o convite da festa do amor (ou da paixão? ou da dor?), na casa do Giovani. Bacana fazer o convitinho, festa mais bacana ainda. Dias de celebrar paixões - as que sempre começam e as que nunca terminam.

Se foram mais de seis meses depois da última colagem de fato. E eu prometi que "me" seria um ano bom. Nada extraordinariamente novo. Mas outro dia me peguei chorando no ônibus, de felicidade.

obervação para a posteridade 1.> não tentar controlar o cavalo, senão ele me morde.

***

Cinema

Não era a primeira vez e nem seria a última que ela passava aquele batom com brilho. Por mais que Olavo repetisse a todo instante o quanto detestava a textura e o sabor daquilo durante os beijos.
- Você está atrasada de novo, Luisa! Assim vamos perder a sessão!
- Eu não me importo, Olavo. Já vimos esse filme quatro vezes.

idem.

***

Naquela noite, você quis me beijar e eu disse: "SIM!".
Naquela noite, você quis me beijar e eu disse: "sim".
Naquela noite, você quis me beijar e eu disse: "pois não".

ibidem.

16 de mai. de 2007

um aviso

Para as pessoas queridas que frequentam aqui: desde janeiro que não posto colagens. Esse é um ano de terminar coisas grandes (segundo o horóscopo que recebo por e-mail). Por isso a ausência. Desculpem.
Estou na metade de uma colagem nova, que quero postar logo. Faz falta pra mim.
Por enquanto, o que eu tenho é isso: http://www.youtube.com/watch?v=wljJGgIDry0 . Nada grande nem bonito, mas tem bastante de mim.

Felicidade pouca é bobagem, minha gente. Amo todos que, de alguma forma, participam daqui.

11 de jan. de 2007

If you find yourself caught in love

Colagem Nova #3

XI

Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos
ouvem de longe
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha
1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes.
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando 3
fios de teias de aranha.
A coisa fica bem esticada.)
Bernardo desregula a natureza:
Seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com a sua
incompletude?)


Manoel de Barros, mágico pantaneiro e cavalo de Bernardo - Livro das Ignorãças, 1993

***

Primeira colagem do ano. E me prometi que ele me promete coisas boas - diferente do passado.

Não conheço outra poesia que diga tanto de algo tão meu - o silêncio, que sempre falo aqui. Então resolvi me colar nessa colgem. Ela me diz e diz de mim. Quem me conhece procure e ache os meus pedaços nela.

Bom ano, pra quem é de bom ano. Eu sou e quero que seja pra mim.